A terapia craniossacral promove um relaxamento profundo e ajuda a aliviar as dores do corpo e da alma.
Uma terapia que tem no nome a palavra crânio me provoca alguns arrepios. Sempre tive aflição de qualquer tipo de manipulação próxima à cabeça. Então, o convite para a chamada terapia craniossacral (ou integração craniossacral) me causou certo receio. Mas lá fui eu, aberta para conhecer a novidade.
A sala da terapeuta Loren Novoa tinha decoração simples: duas cadeiras, uma pequena mesa e uma cama, dessas usadas para fazer massagem. Ela começa com um questionário sobre quem sou e minha saúde. E me explica um pouco sobre o que está por vir. Loren me diz que os movimentos da craniossacral são sutis, nada invasivos.
Com toque suaves, objetivo é estabelecer o equilíbrio do líquor, (fluído corporal que ocupa o espaço entre o crânio e córtex cerebral) da cabeça ao sacro, finalzinho da coluna. E esse sistema, quando equilibrado, seria capaz de promover uma autocura.
Loren esclarece que a terapia não substitui o tratamento médico ou psicológico, mas caminha junto. O método não tem contra indicação e pode ser aplicado de bebês a idosos.
Quem costuma procurar por isso?
"Pessoas com problemas variados. Os toques ajudam no alívio da dor de hérnia de disco, da artrite, nos tratamentos de depressão ou traz calma para quem está estressado", diz. Uma sessão costuma durar 50 minutos.
Finalmente me deito. Começo de costas e Loren faz uma massagem muito leve da cabeça aos pés. Viro de frente. Sinto que as mãos delas estão próximas ao meu corpo, mas é muito sutil. percebo apenas o calor e a energia que emana. Conforme ela continua - estou todo o tempo de olhos fechado - minha mente vai longe. Tão longe que apago. Mas não é sono. Definitivamente não dormi. Senti que fui para um lugar silencioso, profundo e incrivelmente calmo. Abro meus olhos suavemente, ouvindo-a me chamar. E o que se segue é uma sensação de relaxamento absurda. Parece que deixei todo o meu estresse, ansiedade, aflições, medos em algum lugar. Me sinto bem. Muito leve. Leve mesmo. Saio de lá como quem está pisando em nuvens. E levo comigo um conselho de Loren: "tente manter essa sensação em você". Segundo ela, esse é o verdadeiro bem-estar, capaz de nos manter saudáveis e de nos ajudar em variados processos de cura. Tentarei, Loren, tentarei.
Por Ana Holanda - Vida Simples